Asun Supermercados

HistóriaA típica história da família que começa em uma garagem e constrói uma grande empresa se repete com o ASUN. A espanhola Asuncion chegou ao Brasil em 1960, trouxe junto no navio os três filhos, a sogra, dinheiro e a experiência de sete anos como dona de uma ferragem na cidade espanhola de Guadix, na Andaluzia. Em 1963, junto à casa da família no bairro Cavalhada, seu marido Ernesto, instalou um armazém, batizado de ASUN em homenagem à mulher. Naquele tempo, os alimentos eram expostos em tulhas de madeira e vendidos a granel – o cliente pedia o que queria para o vendedor, que pesava o produto, enrolava em papel jornal e cobrava. A grande inovação do ASUN foi substituir jornal por sacos de papel e trabalhar com o sistema de auto-atendimento. A família, incluindo as crianças, pesava e embalava os quilos de cada produto e depois identificava o pacote com carimbo “arroz”, “feijão”, “lentilha”… O consumidor servia-se direto na prateleira e depois pagava para Asuncion, que da caixa não saía.” No verão de 74/75, a família deixou Porto Alegre rumo a Quintão, onde Ernesto adquirira terrenos e lá montara um mercado. A praia não tinha energia elétrica, a iluminação ficava por conta de lampiões. Carne, manteiga e perecíveis eram mantidos em isopores. Não tinha horário. "Eu começava às vezes às 7h e só saía meia-noite. Ficava até quando tinha cliente" – lembra a matriarca, em bom espanhol, que os mais de 40 anos no Brasil não a fizeram perder. Asuncion passou 10 anos em Quintão. Até voltar para Porto Alegre, em 1985. No retorno à Capital, a fundadora do negócio não abriu mão de seu lugar, de pé, atrás de uma caixa da loja. A rede cresceu e hoje a matriarca de uma família supermercadista tem hoje seu apelido estampado na fachada de 31 lojas, agora presentes não só em praias gaúchas mas também em Porto Alegre e na Região Metropolitana de Porto Alegre.